IV Workshop de PPI incentiva participação das PMEs à estruturação das áreas de segurança28/10/2016Mais de 80 profissionais do setor de segurança empresarial e patrimonial participaram do evento no dia 25 de outubro.

A abordagem trouxe um olhar atento para a gestão da segurança nas empresas, principalmente dentro das pequenas e médias organizações. Para tanto, foram apresentadas vivências de profissionais da área, visando incentivar e atrair o interesse de todos os representantes da indústria à relevância da área de segurança dentro das companhias.
 

Na abertura, o coordenador da Divisão de Proteção Patrimonial Industrial-PPI, que integra o departamento Jurídico do CIESP-Campinas, Rodrigo Villela Dirani, lembrou que na atualidade a segurança ganhou espaço de destaque, “nas Olimpíadas de 2016 a segurança foi o tema mais discutido. Na ocasião foram mobilizados 85 mil homens, incluindo policiais, bombeiros e integrantes das forças armadas”, descreveu.
 
De acordo com levantamento da ONG Contas Abertas, o governo federal gastou mais de R$ 770 milhões com a segurança para os jogos olímpicos. “Isso só mostra o quanto a área de segurança vem ganhando espaço através do valor a ela agregado.”, fundamenta Dirani. Vale lembrar que o país possui a 4ª maior população carcerária do mundo.
 

O coordenador de PPI do CIESP-Campinas lembra aos associados que a Regional está de portas abertas para atender também as pequenas empresas e colaborar de forma que estas comecem a pensar e trabalhar a segurança dentro de suas organizações, por meio de estrutura própria.
 

A intrínseca relação do OEA - Operador Econômico Autorizado com a área de segurança foi contextualizada na explanação do gerente de auditoria da Tradeworks Serviços de Comércio Exterior, Antonio dos Santos Júnior, que explicou as medidas de segurança para mitigar riscos de contrabando, tráfico de armas e drogas, entre outros. “Demonstramos aqui os cuidados que importadores e exportadores precisam ter para garantir que os riscos sejam minimizados dentro da sua cadeia logística, às contrapartidas exigidas pela Receita Federal.”
 

Já a dinâmica do protocolo de respostas às emergências e crises, esteve a cargo do consultor master na empresa Consultoria & Assessoria Empresarial BSK Security, João Bosco, que lembrou que toda empresa tem que ter, por legislação, um protocolo de resposta para qualquer tipo de emergência, “pois só a partir disso é possível estabelecer uma pronta resposta, obedecendo às normas da ISO 31000”, descreveu.
 
Um estudo recente realizado pela Consultoria Deloitte, em âmbito nacional, destacou que apenas 36% das empresas realizam simulados, “as demais ainda preferem assumir o risco”, analisou Bosco. A pesquisa foi realizada entre 300 empresas, através de seus conselhos de administração.
 

A apresentação sobre inteligência competitiva com sistemas de câmeras integrados, conduzida pelo executivo de Negócios da C4I Inteligência Competitiva, Alexandre Afonso, discorreu sobre as possibilidades competitivas pertinentes aos sistemas de segurança integrados. Afonso explicou que os sistemas de câmeras ativas, permitem a integração com outros sistemas, como os de incêndio, de automação e controles prediais, “o que traz competitividade, a partir de uma melhor eficiência e redução de custos”.  De acordo com o especialista, essa tendência vem impulsionando um movimento de maior acessibilidade às pequenas empresas.
 

Os aspectos práticos da medicina legal e da perícia médico-legal foram esclarecidos pelo advogado do escritório Portinho Advogados Associados, Eric Emerson Arruda, que fortaleceu que o empresário deve buscar o conhecimento a respeito dos procedimentos, entre eles a infortunística, que concerne a acidentes de trabalho e doenças profissionais, “o que pode gerar responsabilidades criminais ou até cíveis, assim, a medicina legal oferece os subsídios ao investigador e ao poder judiciário”.
 

O encontro que teve a realização do CIESP-Campinas, contou com o patrocínio do Grupo Souza e Lima, e a parceira da ABSEG.
 
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