Depois de 10 anos sem aumento, Agência das Bacias PCJ discute reajuste na cobrança pelo uso da água pela Indústria13/03/2023



















No dia 9 de março, o CIESP Campinas sediou a Oficina de Trabalho para o aperfeiçoamento da metodologia de cobrança pelo uso de recursos hídricos nas Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. O evento foi promovido pela Agência das Bacias PCJ e Comitês PCJ, compostos por 11 Câmaras técnicas de diversos setores da sociedade que estão de alguma forma relacionadas à pauta do uso da água.

Para este primeiro encontro do ano, foram convidados representantes de organizações que utilizam a água diretamente retirada dos rios, como é o caso de muitas indústrias. Segundo o Diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sérgio Razera, em 2005 a Agência havia decidido pela última vez o valor a ser cobrado, com um reajuste apenas em 2012. Este ano foi realizada a primeira nova reunião sobre o tema.

O objetivo do encontro foi, portanto, decidir em grupos e apresentar propostas para compor a nova tarifa alinhada às formas de investimento que trarão benefícios no uso de recursos da maneira mais justa e limpa possível. “É importantíssima a presença das empresas, do CIESP, dos representantes desse setor, da FIESP, porque é um debate que atinge as empresas privadas, as indústrias em especial, já que a água é um insumo indispensável no processo produtivo”, afirma o Diretor-presidente.

Os maiores problemas a serem combatidos, verificados nos quase 30 anos da Agência são: a poluição gerada pelo esgoto e quantidade escassa de água nos rios, principalmente durante os períodos de seca.

“Quem participa com a gente e analisa os números, nota que a qualidade do rio está melhorando. Para as questões de regularidade e aumento da quantidade de água disponível nos rios, e estamos trabalhando na constante busca de novas reservas e de represas, por exemplo. Além dos nossos investimentos em recuperação de nascente que produzem água por toda a bacia”, explica Razera.

A partir de 2020 também foi implementada uma mudança para o uso do dinheiro arrecadado pela Agência por parte da indústria, que hoje contribui com 15% do montante.