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CIESP Campinas promove palestra sobre riscos corporativos, com Antonio Brasiliano30/11/2022Na manhã de 22 de novembro, os Departamentos de Sustentabilidade e Segurança do Trabalho do CIESP Campinas organizaram, em parceria, uma palestra online com o Professor Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano, membro da Galeria dos Imortais da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais - ANE - Academia Nacional de Economia. Durante o encontro virtual Brasiliano falou a respeito dos riscos para as organizações a nível regional, nacional e mundial. Ressaltou que é natural a materialização desses riscos, mas as empresas não devem ser pegas de surpresa por eles, pois o correto é sempre adotar uma visão prospectiva, criando diferentes e diversas hipóteses sobre o futuro, com base no cenário presente. “As empresas têm que ser mais resilientes a mais antifrágeis, abraçar a disrupção e a desordem, usando desses meios para crescer”, disse Brasiliano.

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Vivemos no século XXI em uma sociedade de riscos, mas o teórico Ulrich Beck já falava a respeito disso na década de 1980. O risco, para o estudioso, é imensurável e incalculável. Brasiliano definiu e explicou: “Risco global é aquele que afeta todo o mundo por um período de aproximadamente 10 anos. Apesar de as empresas no Brasil não darem muita atenção aos riscos geopolíticos, eles afetam totalmente nossa realidade. A guerra na Ucrânia, o que acontece na China, assim como em outros países ao redor do mundo, têm impacto principalmente na nossa logística, na cadeia de suprimentos”.
Brasiliano apresentou seis macro riscos mundiais atuais, apontados por especialistas, que dão origem a outros riscos emergentes.

1. Incerteza macroeconômica
2. Incerteza na geopolítica
3. Mudança climática
4. Gestão de capital humano, diversidade e talento
5. Cyber segurança e vazamento de dados
6. Interrupção digital e novas tecnologias

Para Brasiliano, faltam nas empresas, em geral, planos de estruturação para mitigar riscos, principalmente de Supply Chain. A ausência desses planos seria a causa de crises sistêmicas, que podem ocorrer até mesmo anualmente. Ele falou a respeito da situação atual do Brasil, em que há um grande nível de desemprego no cenário pós-pandêmico, apesar de 8,9% de crescimento nos empregos durante os últimos trimestres. Em 2023 é previsto que o Brasil sofra com a recessão e mostre credibilidade para outros países. "É importante que tenhamos uma atitude proativa e não reativa", afirmou. Além disso ainda há, no Brasil, algumas incertezas críticas, principalmente vinculadas ao contexto político. As entidades federativas, na visão de Brasiliano, como representantes dos empresários e de outros atores sociais, devem se posicionar exigir certas ações por parte do governo.

Diante de todos os contextos apresentados, a conclusão: as empresas devem traçar planos constantemente, e estarem preparadas para o futuro. “A gente sabe que a vida dos conselheiros e planejadores não é fácil, o planejamento estratégico precisa ser feito a lápis, para que possa ser remodelado”, concordou Luiz Fernando de Araújo Bueno, diretor do Departamento de Sustentabilidade do CIESP Campinas.

"É o nosso papel sermos provocativos nas organizações, trazer argumentos com fatos e dados, e trabalhar a gestão de crise de forma antecipada. Os planos devem ser curtos, mas robustos", compartilhou o Conselheiro do CIESP Campinas, Rodrigo Dirani. "Mas a organização precisa testar e simular o plano, não deve ficar apenas guardado na gaveta", completou.

Ao final da palestra, os participantes teceram comentários e tiraram dúvidas.
 
 
 
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