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Diálogo pelo Brasil reúne empresários da região de Campinas05/09/2019Carla Marins, Comunicação-CIESP-Campinas e Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Mais de 260 empresários e industriais associados ao CIESP-Campinas estiveram presentes no encontro com o presidente, que debateu e esclareceu diversas questões de relevância do momento político e econômico atual.

A importância e o tamanho da Regional de Campinas vêm ao encontro da cidade e da Região Metropolitana de Campinas, “A Regional de Campinas combina com Campinas”, valorizou Paulo Skaf.

 Receberam o presidente o diretor titular em exercício, José Henrique Toledo Corrêa; o diretor licenciado José Nunes Filho; e o 1º vice-diretor, Alfeu Cabral.

Na abertura, o diretor titular em exercício e diretor estadual de Produtos, Negócios e Serviços, José Henrique Toledo Corrêa destacou que o CIESP-Campinas é, atualmente, maior Diretoria Regional do Estado de São Paulo, com 12 departamentos temáticos a Regional, atende às mais diversas áreas e se consolida da Região Metropolitana de Campinas, como referência de conteúdo e representatividade da indústria local, sendo um canal direto para o empresariado da RMC. Toda diretoria temática e conselho diretor esteve presente prestigiando a vinda do presidente do CIESP e da FIESP.

Campinas é a segunda cidade paulista em potencial de consumo. O maior PIB da RMC está na cidade de Campinas, tendo esta também um dos maiores PIBs do Estado, e ocupando lugar de destaque entre os percentuais de Produto Interno Bruto do país, quando comparado às demais cidades do interior do Brasil. Campinas só fica atrás da capital, que, por sua vez, é disparada a campeã nacional no potencial de consumo. Ao longo deste ano de 2019, as famílias campineiras devem movimentar R$ 37,6 bilhões na economia.

O município possui uma infraestrutura logística privilegiada, cortada por uma invejável e moderna malha rodoviária e conta com o melhor aeroporto e principal modal de carga aérea do país.

Skaf ressaltou a importância das reformas estruturais, pilares para a retomada do crescimento. “A Reforma Trabalhista tirou o Brasil do século passado, a da Previdência está no Senado para a aprovação e deverá passar, o que irá se refletir no ajuste das contas públicas. A Reforma Tributária é essencial para quem trabalha e produz. A simplificação na cobrança de impostos aumentará a eficiência e baixará o custo para quem paga e para quem recebe. Isso é o que todos esperamos”, avaliou o presidente.

Segundo o presidente, o primeiro passo em direção às rotas de crescimento já foi dado. O próximo passo, para destravar a economia e gerar empregos, é a reforma tributária.

A conversa com as lideranças empresarias da região aconteceu nesta quarta-feira (04), e foi mais uma etapa do Diálogo pelo Brasil, que está percorrendo as 43 regionais das entidades representativas da Indústria, sendo a recuperação do setor uma das principais pautas.

Paulo Skaf debateu ainda a Reforma Tributária e a imagem do Brasil frente às notícias sobre desmatamento e queimadas, na Amazônia brasileira.

Ao falar especificamente sobre a Reforma Tributária, lembrou que é necessário ouvir as propostas, avaliar cuidadosamente quais tributos devem ser reunidos e qual a alíquota definida a fim de se evitar perdas e construir a melhor solução possível para todos: “Falar de imposto único é um sonho, mas quem fala ou é desinformado ou está fazendo marketing. Reforma Tributária com Estados quebrados e governo sem dinheiro é perigoso, pois dependendo da reforma aprovada poderá existir aumento de carga tributária”, alertou.

Para os empresários de Campinas e a equipe do CIESP-Campinas, este foi um dia muito marcante, todos puderam interagir com o presidente e esclarecer pontos de nossa economia e política.

No diálogo com os empresários, a questão da guerra fiscal, cobranças na origem e no destino, além da desoneração da folha também foram abordadas pelo presidente. Em relação ao crédito, o spread bancário foi duramente criticado. Skaf reiterou a necessidade de aumentar a concorrência e forçar a queda dos juros, o que beneficiaria diretamente a atividade produtiva industrial.

O presidente da Fiesp/Ciesp considera essencial focar nas pautas importantes. “O Brasil está avançando. Não podemos ficar só com um foco. O país precisa crescer, se reconstruir, pois temos 40 milhões de desempregados e desalentados. A economia já está retomando o rumo, dando sinais de recuperação”, pontuou.

Ao referir-se aos resultados do segundo trimestre, o líder empresarial vê com otimismo a mudança de tendência. Para Skaf, “muita gente pregou o desastre, dizendo que teríamos um PIB negativo, o que representaria um quadro de recessão. Mas isso não ocorreu. Pelo contrário, tivemos um crescimento modesto, no caminho certo e iniciando a recuperação, com trajetória positiva”.

O aumento do emprego também foi tema do debate e a solução apontada passa pelo crescimento econômico. “Não há emprego sem isso, não dá para obrigar nenhuma empresa a contratar se ela não tiver demanda, se ela não tiver negócios. Se dependesse de nós, não teríamos nem entrado em crise. Mas o que está aí é o resultado da irresponsabilidade de governos que gastaram mais do arrecadaram e acumularam dívidas enormes”.

Os empresários aproveitaram e questionaram pontos das mais diversas áreas, dentre elas a indústria 4.0, o mercado internacional, a economia local e demais.

O evento contou com transmissão simultânea para atender a todos os interessados, já que o anfiteatro da casa estava lotado. Assim, tudo foi transmitido ao vivo em telões localizados na recepção e sala do primeiro andar. 

Ao final do encontro a pauta sobre a  Amazônia ganhou destaque em função da repercussão das queimadas e do desmatamento na mídia. “Na Fiesp, esta semana, reunimos 40 grandes grupos europeus e fizemos a apresentação de dados que mostram a realidade sobre a situação da Amazônia [Amazônia, você precisa saber]. Não se pode confundir queimada com desmatamento até porque os gráficos da queimada oscilam para cima e para baixo todos os anos. Os riscos de queimada se encontram no cerrado, não na floresta, onde a mata é úmida e não há tendência de incêndio”, contextualizou.

“A mata nativa na região amazônica representa atualmente cerca de 84% do que era em 1.500, na época do descobrimento do Brasil. Isso representa cerca de metade do território brasileiro. Cumprimos 73% da meta de Copenhague e respeitamos o Acordo de Paris. O Brasil não merece ser desrespeitado e os assuntos não devem ser misturados, como no caso do acordo Mercosul-União Europeia”, finalizou, frisando que essa campanha contra o Brasil prejudica a imagem do país”.

O presidente valorizou a Revista HOJE, uma produção do CIESP-Campinas, distribuída pra toda RMC, como um canal direto com a indústria e o empresariado, sendo 4 mil exemplares distribuídos na macrorregião do CIESP-Campinas.

Acompanhe todas as fotos.
 
Imagens por: Ricardo Lima
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