Coletânea: REALIZAÇÕES02/2016Aberta à visitação durante os mês Fevereiro - de segunda à sexta, das 08h30 às 17h30

Artista: Gilson Pereira de Assis
 
Recomeço
Texto autobiográfico

"Esta pequena amostra surge a partir de um despertar: o desejo de me expressar através de esculturas de papel machê, argila e pintura em tela. Usando minhas inspirações e, acima de tudo, dedicação, me realizo como artista, proporcionando às pessoas que fazem parte da minha história de vida a oportunidade de disporem de objetos de arte que traduzem sentimentos, recordações ou, simplesmente, arte decorativa."

Trajetória

"Desde muito pequeno, já me interessava em colorir imagens mimeografadas e confeccionar meus próprios brinquedos com sucatas, mas foi por volta dos 10 anos de idade que minha mãe (e maior incentivadora), Dona Lourdes, ganhou um pequeno busto do Mickey Mouse e, nesta oportunidade, decidi fazer uma reprodução do personagem com argila. Coletei o material que precisava da olaria do meu tio Juvenal e, por muitos anos, a escultura que fiz decorou a estante da sala da casa: os sobrinhos brincaram com ela e danificaram as orelhas, apesar disso, minha mãe nunca se desfez da escultura, pelo contrário, refez as orelhas utilizando “durepox” (massa acinzentada) e a manteve na estante até ao final de sua vida.

Na adolescência, estudei na escola E.E. Francisco Ribeiro da Fonseca, em Ouro Fino/MG. Durante este período escolar, gostava, em específico, de algumas aulas práticas que havia na grade curricular, como práticas agrícolas, industriais, comerciais, educação para o lar e laboratório; a escola possuía sala equipada com fornos, tornos industriais e outros equipamentos que possibilitaram o desenvolvimento de capacidades e habilidades.  Nas aulas de práticas industriais tínhamos atividades com argila, madeira e eletricidade, em que eu também fazia caricaturas de colegas e professores com traços exagerados e, às vezes, deixando muitos deles irritados. Anualmente, nas férias escolares, ajudava meu pai a pintar as salas de aula da escola e, durante o período letivo, com os enfeites e arranjos florais para casamentos e bailes de debutantes. Ajudava também o tio Sebastião, irmão de meu pai, na decoração com flores do túmulo da família.

Em Campinas, auxiliava minha esposa Madalena nos seus trabalhos da Faculdade de Artes Plásticas, fazendo as astecas e outros trabalhos. Também fiz curso na FEAC, com o Prof. Sebastian, para aprender a confeccionar bonecos em papel machê. Neste período, produzi bonecos para peças teatrais, conhecidos popularmente como “mamulengos”, e um em especial para a peça teatral “Macunaíma”, do SESI-SP, os qual percorreu todas as unidades SESI no estado. Após a turnê, o boneco passou a ter outra função: participa dos carnavais de Barão Geraldo no bloco “As Caixeirosas”, com Cristina Bueno. Outras duas esculturas merecem destaque: o nu artístico de papel machê “Jesus”, e a outra feita em argila, a “negra socando pilão.

Nos últimos anos, tenho me dedicado mais a pintura em tela e, dentre os trabalhos produzidos até o presente momento, pode-se citar o retrato de um cavalo, que presenteei minha filha Tais; um nu artístico de uma jovem sobre as nuvens, que pintei a pedidos de minha filha Tamires; e o retrato do meu filho Geovane com a nossa cachorra da raça pastor alemão.

Atualmente, estou trabalhando em quatro esculturas de papel machê, às quartas à tarde com a professora, amiga e incentivadora Rosangela Aparecida Félix da Silva. Também estou envolvido com a pintura de dois quadros."