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CIESP-CAMPINAS em reunião na Câmara Municipal para início dos diálogos sobre Outorga do Cantareira 24/09/2015Departamento de Comunicação - CIESP-Campinas

No dia 22 de setembro, o diretor titular da Regional de Campinas palestrou durante o evento em que foi assinado manifesto, com as sugestões e reivindicações do PCJ na renovação da outorga do Cantareira. O documento foi entregue em reunião com a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado de SP, ocorrida nesta 4ª feira (23).

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São diversas as propostas, entre elas a solicitação de mais água para os mananciais responsáveis por abastecer as cidades do interior paulista, inclusive Campinas (SP).

O diretor titular, José Nunes Filho, ressaltou em sua exposição que desde o início da crise, o CIESP denunciou o problema que se prenunciava. “A partir do momento em que se ‘rasgaram’ as curvas de aversão a risco, tendo início o uso do Banco de Águas quando já estávamos no período de escassez, com previsão de uma situação muito mais drástica, ficamos totalmente vulneráveis à falta de água”, sinalizou.

As Bacias do PCJ e a Bacia do Alto do Tietê têm acomodados o 1º e o 3º polos indústrias do Brasil, “temos 1,5 milhão de empresas, responsáveis por 55% do PIB do Estado de SP”, analisa.

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A bacia do PCJ envolve 62 municípios, contribuindo com 7% do PIB brasileiro, “temos 16 mil indústrias aqui instaladas, das quais 400 fazem captação direta através de outorgas de água de superfície e de águas profundas, as 15.600 restantes são abastecidas pelas empresas de saneamento dos munícipios. Atualmente, pelo menos 20 municípios estão em estado restrição de água”, pontua Nunes.

Dados de 2002 a 2014 revelam que a demanda de consumo de água pelas indústrias da região caiu 47%, “um pouco em função da crise e - muito devido ao trabalho feito dentro da indústria -, com foco para o uso racional da água, do tratamento e do reuso pelas indústrias, principalmente, por aquelas que são usuárias de água e não consumidoras; lembrando que as indústrias usuárias devolvem uma parte da água utilizada ao manancial, ainda em melhores condições”, salienta o diretor titular do CIESP-Campinas.

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Desde maio de 2014, as novas outorgas foram suspensas e sobre isso Nunes aponta que a insegurança hídrica inibe novos investimentos e reduz drasticamente a competitividade da indústria. “A situação é muito preocupante. Não vamos aceitar passivamente qualquer coisa diferente dos 10m³/s. A Casa da Indústria vai brigar junto ao Consórcio PCJ para que tenhamos direito de usar a água que de direito é nossa!”, declarou.

Na ocasião, todos os participantes da mesa debatedora reforçaram a necessidade da cobrança de compromissos no processo de renovação da outorga, a partir da análise crítica sobre a real capacidade de regularização do sistema Cantareira, a qual deve ser balizada em estudos contundentes que demonstrem que essa "vazão real" vai ser considerada.

Conduziram a plenária: Luiz Carlos Rossini, presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente; Reinaldo Nogueira, presidente das Bacias PCJ; Antonio Carlos Zuffo, eng. ambiental da Unicamp; o vereador André Von Zuben, Alexandra Facciolli Martins, promotora do GAEMA; Francisco Lahóz, Secretário Executivo do Consórcio das Bacias PCJ; e José Nunes Filho, diretor titular do CIESP-Campinas.
Renovação da Outorga – saiba mais!

O próximo dia 31 de outubro é a data prevista para definições sobre as novas normas, que devem estar contempladas no documento que estabelece os critérios para utilização de água do Cantareira. As Bacias do PCJ são autorizadas hoje a receber até 5 mil litros por segundo do Sistema Cantareira, número considerado insuficiente pelas entidades locais.

De acordo com o PCJ, a proposta guia do Cantareira deve ser divulgada no dia 9 de outubro. Antes disso, acontecerão reuniões, entre os dias 01 e 08/10, com os integrantes do sistema.

A renovação dos critérios para uso da água do Cantareira envolvem demandas do PCJ, da bacia do Alto Tietê, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

REUNIÃO COM  SECRETÁRIO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS INCERTEZAS NA SEGURANÇA HÍDRICA DO ESTADO É TEMA DA REUNIÃO, OCORRIDA EM 23/09. LEIA NA ÍNTEGRA!

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