Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus desdobramentos 06/04/2018Sustentabilidade e desenvolvimento foi a tônica do debate realizada na entidade no dia 29 de março. Na ocasião estiveram presentes e lideraram as exposições o Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, José Valverde Machado Filho; e o representante do Consórcio CONSIMARES, Valdemir Aparecido Ravagnani.

A mesa de debates foi uma iniciativa dos departamentos de Sustentabilidade, Meio Ambiente e Jurídico, com o intuito da análise dessa política e as questões de sua implementação, tais como os Acordos Setoriais, Logística Reversa, dentre outros.

De acordo com o diretor de Sustentabilidade, Luiz Fernando Bueno, “a partir das questões expostas pudemos avaliar as ações de governo e das organizações privadas, além de exemplos de eficácia”.

“Sustentabilidade é cenário. Atualmente, temos todo um ambiente desenhado para a economia circular. A sustentabilidade é um tripé: econômico, social e ambiental, para que se atinja é necessário um equilíbrio entre as partes, com a mitigação dos impactos junto a todos os stakeholders, via engajamento e convencimento.", fundamentou Beuno. De acordo com o diretor,  a base da sustentabilidade se dá por meio da ética, da transparência, da boa governança corporativa, e do respeito à diversidade.

Dentro dessa premissa, Valverde afirmou que o CIESP-Campinas está à frente, no que diz respeito a ações pautadas em sensibilizar o empreendedor a ter o seu comitê de sustentabilidade e priorizar dentro do mesmo a questão de resíduos sólidos, “isso permitirá um grande passo”, disse. “A questão da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é vital para o setor empresarial, sendo o CIESP um importante ator neste processo, as iniciativas aqui relatadas, a partir do Departamento de Sustentabilidade em prol de promover um diálogo, seja com os associados ou não associados, isso é um ponto muito forte e favorável para a implementação da lei.”, destacou o Secretário.

Valverde lembrou ainda do plano Coletivo de Resíduos Sólidos, e o valor agregado que pode se dar através da articulação com os geradores. O Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento contou que a meta nacional consistia em que as doze cidades sede da Copa do Mundo, conseguissem retirar 22% do lixo reciclável, que é a fração seca do resíduo sólido dos aterros e também de lixões.
O representante do Consórcio CONSIMARES, Valdemir Aparecido Ravagnani, pontuou os desafios na gestão integrada dos resíduos sólidos municipais, dentre eles os componentes desta engrenagem, que se faz com Hierarquia na Gestão (Art. 9º  PNRS), Responsabilidade Compartilhada e Logística Reversa (Art. 33, § 4, 5 e 6). “Com o objetivo de exigir a efetiva implantação da logística reversa de embalagens em geral, inclusive remunerando-se o Município pelo percentual de embalagens recuperado para a indústria por meio da coleta seletiva, o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, o Município de Porto Alegre e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana - DMLU ingressaram com ação civil pública contra a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro - Abividro, o Compromisso Empresarial para Reciclagem e a Coalizão Empresarial para a Reciclagem - Cempre, que reúne cerca de 20 associações de empresas que geram embalagens, tais como plásticos, vidro, papel e alumínio”, relatou.

Na ocasião também, representando a Regional, esteve participando do debate, o diretor Jurídico, Valmir Caldana, que falou como empresário que é do setor de Pet Food: “Minha empresa, enquanto integrante da Associação Nacional de Produtores de Pet Food, participa da confecção do Acordo Setorial para embalagens em geral, que congrega, atualmente, vinte e duas associações nacionais de embalagens de plástico, papel, metais e, agora, vidros. Em nível nacional a gente trabalhou na primeira fase. Acabamos de entregar para o MMA-  Ministério do Meio Ambiente, o nosso papel: essas indústrias cumpriram a sua parte.”

“Vamos iniciar neste momento as tratativas para a segunda fase, na qual virão novos desafios, além de outras cidades a serem beneficiadas neste plano.”, complementou.

Os empresários presentes aproveitaram para esclarecer diversos pontos os palestrantes, empresários e diretoria do CIESP-Campinas.

Para acessar a apresentação, clique aqui.