Workshop “Custo Brasil e o Brasil Competitivo” aborda como reduzir custos e gerar mais investimento para os negócios e a indústria nacionais 18/07/2022




















A manhã de sexta-feira, 15 de julho, foi reservada para o workshop “Custo Brasil e o Brasil Competitivo”, na sede do CIESP Campinas. O evento contou com a participação do Diretor do Departamento Jurídico FIESP/CIESP, Helcio Honda, e do Deputado e Conselheiro do CIESP Campinas, Alexis Fonteyne. O termo “Custo Brasil” se refere às dificuldades e entraves causados pelo excesso de burocracias, normas e regimentos, gerando altos gastos para as empresas, conforme expuseram os palestrantes.

“Infelizmente o PIB industrial vem decrescendo a cada ano por conta do Custo Brasil. O fato é que, além do empresário ter que tocar o negócio, ele tem que driblar o custo gerado por todos esses outros problemas, e isso é muito difícil. Nesse sentido, a função da casa, da FIESP e do CIESP em eventos como este é de justamente discutir o destravamento desse cenário”, foi o que pontuou Helcio Honda. O Diretor Jurídico afirma ser a favor da simplificação e que para haver mudanças no atualcenário é preciso engajar pessoas, trazê-las para um certo grau de envolvimento e, consequentemente, reflexão sobre a decisão a ser tomada diante das urnas eleitorais.

Ao longo do workshop foi ressaltada a importância da representatividade da indústria e do empresariado no cenário político, em meio a tantos outros setores que já tem defendido as respectivas pautas e reinvindicações. Diante de uma série de argumentos, os convidados apontaram como um dos principais elementos para a redução do Custo Brasil a reforma tributária, que tem sido pauta há muitos anos no Congresso, mas sem avanços significativos até o momento.























Tanto o Deputado Alexis Fonteyne quanto o Diretor Jurídico Helcio Honda afirmam que o sistema de atual brasileiro de carga tributária é muito complexo. De acordo com Honda, “tudo o que consumimos tem tributo, logo, quando se ganha um salário mínimo, praticamente 100% da renda será comprometida. Quanto maior a renda, uma parte menor será para o consumo e uma grande parte é para investimento. Por isso, precisamos de uma reforma tributária que, primeiramente, simplifique os impostos, depois, que tire essa questão da regressividade, que o imposto seja menor para essa classe que precisa”, explica.























Alexis Fonteyne criou a frente parlamentar Brasil Competitivo com o intuito de tornar o país mais propenso à geração de novos negócios e de renda. O político divide em 12 os eixos da “mandala do Custo Brasil”, que seriam os principais pontos a sofrer ajustes, para a melhoria do cenário. “O Brasil é o país menos competitivo do mundo e o que provoca isso é o Custo Brasil, um conceito abstrato que está presente em cada elemento do nosso dia a dia. Quando a gente fala de Brasil competitivo, temos um ponto muito social, a geração de emprego e renda, o ciclo virtuoso que gera muito mais oportunidades e advém dos investimentos com a redução de custos excessivos para o consumidor e o empresário”, defende.

O CEO Paulo Weill, que compareceu ao workshop, deu a seguinte opinião sobre o tema: “A novidade é que haja um movimento orquestrado para essa mudança possa efetivamente acontecer. Nós trabalhamos com mercado nacional e internacional, temos uma filial na União Europeia e lá é muito mais fácil de fazer negócio. Desde negociar até receber, não existe boleto bancário, e eles nem mesmo sabem o que é distribuição tributária. Portanto, reduzir custos, torna os produtos mais acessíveis e, barateando, temos mais venda, mais empregos e mais benefícios socais. Trabalhamos isso desde a fundação da minha empresa há 32 anos, mas a nossa ação é limitada. A redução do Custo Brasil é uma ferramenta que nos ajudaria acelerar a cumprir ainda mais a nossa função social”.

O evento se encerrou no final da manhã com as considerações finais e agradecimentos do Diretor titular do CIESP Campinas José Henrique Toledo Corrêa.