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PUC-Campinas inicia o restauro do Solar do Barão de Itapura - O CIESP-Campinas apoia essa campanha24/03/2017Paralelamente, a Universidade lança campanha de Crowdfunding (financiamento coletivo)
 
Campus Central será destinado a atividades de arte, cultura e lazer . O CIESP-Campinas apoia essa companha e convida os empresários da nossa região a participarem.
 
Preservar a história e a memória, unindo sustentabilidade, responsabilidade e dignidade cultural. Por meio desses conceitos, a PUC-Campinas iniciou as obras de restauração do Solar do Barão de Itapura no mês de outubro de 2016. A Universidade também lançou uma campanha de captação de recursos para o restauro do Solar do Barão de Itapura, local que durante 74 anos funcionou como Campus da Universidade.
 
Diante da responsabilidade cultural que a legislação orienta, a preservação do patrimônio cultural é uma obrigação de toda a sociedade civil. A PUC-Campinas se apresenta como promotora da campanha para o restauro e convida os cidadãos e as empresas que queiram exercer a sua responsabilidade cultural a se engajar nessa ação. 
 
Pessoas físicas e jurídicas podem fazer doações para o restauro do Solar utilizando o Crowndfunding. As doações podem ser feitas pelo Portal da Universidade.
 
Brevemente, as empresas também podem apoiar o Projeto, doando com isenção no ICMS, através do PROAC – Programa Estadual de Incentivo a Cultura do Governo do Estado de São Paulo. O PROAC ICMS funciona por meio de incentivos fiscais. O projeto do restauro do Solar do Barão de Itapura está em processo de aprovação pela Secretaria de Estado da Cultura e, assim que autorizado, poderá captar patrocínio junto a empresas que descontam o valor doado do ICMS devido. O processo é simples e toda a orientação é feita pela PUC-Campinas. O abatimento de 100% do valor doado até o limite de 3% do ICMS devido.
 
Outro meio será a doação com Isenção no Imposto de Renda pela Lei Rouanet (PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura – Lei 8.1313/91). Instituído em dezembro de 1991, com a promulgação da Lei nº 8.1313/91, também conhecida como Lei Rouanet, visa apoiar e direcionar recursos para investimento em projetos culturais. É destinada a toda empresa que faça sua declaração de Imposto de Renda pela modalidade de Lucro Real.  O processo é muito simples e toda a prestação de contas também será feita diretamente pela PUC-Campinas. A lei permite ao contribuinte o abatimento de 100% do imposto de renda dos valores destinados ao apoio, até o limite de 4% do imposto devido.
 
Função cultural
 
O Solar do Barão de Itapura, reconhecido como patrimônio histórico e cultural pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC) e Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. (CONDEPHAAT), após o restauro, passará a ser muito mais do que o registro histórico do passado, mas também um lugar de valor socioeducativo, já que seu espaço, por meio de uma ocupação consciente, será usufruído por toda a população, que se transformará na principal beneficiária das atividades educativas museais, patrimoniais e artísticas.
 
“O Solar não viverá apenas do passado, pois, ao realizar o restauro, a PUC-Campinas promoverá importante função social. Feita a recuperação, a Universidade dará ao Solar uma destinação eminentemente cultural, não apenas aos membros da Instituição, mas a toda a sociedade de Campinas e região propiciando enriquecimento cultural à população, promovendo o Turismo, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida e garantindo dignidade cultural à sociedade em geral”, esclarece o Vice-Reitor da Universidade e Coordenador do Projeto de Restauro, Prof. Dr. Germano Rigacci Junior.
 
O restauro do Solar e a adequação do seu espaço físico às atividades de arte, cultura e lazer deixarão ainda o espaço em harmonia com as novas tendências de requalificação do centro de Campinas, sendo um projeto indutor da valorização do entorno e do conjunto de imóveis inseridos ao seu redor. “A Universidade se coloca como Instituição de Ensino Superior preocupada com a dignidade cultural, visto que compreende que todos os campineiros possuem o direito à cultura, às artes, à memoria e ao conhecimento”, completa o Prof. Dr. Germano Rigacci Junior.
 
O Projeto
 
A ocupação inicial do edifício, como residência, sofreu alterações no uso original para receber uma escola, a qual incorpora a seu uso auditório, biblioteca e sanitários. Essas alterações sucederam na adaptação de espaços desconsiderando a preservação dos elementos artísticos integrados ao patrimônio. A proposta de restauro repensa esses usos de maneira a zelar a conservação do patrimônio equalizado a demanda de ações carentes nesta área urbana.
 
Pensando nesta reciclagem de uso e zelo ao patrimônio o Projeto de Restauro propõe a remoção de todos os elementos posteriores que esbarram no valor agregador à obra de arte, o edifício tombado, e o resgate pela leitura do objeto fim de orientação ao tombamento, à leitura de um Solar. Destaca-se então o resgate das varandas, a construção de um anexo com sanitários e garantia de circulação vertical e acessibilidade universal, e a salvaguarda das pinturas decorativas ímpares do final do século XIX.
 
O Projeto de Restauro também foi planejado e equiparado às diretrizes da Lei nº 10.850 de 07 de junho de 2001, com destaque ao item dez “estímulo à atividade turística que valorize os atributos naturais, arquitetônicos, históricos ou culturais da região, com base em planejamento voltado à preservação e à estruturação necessária para o desenvolvimento de tal atividade”.
 
A relação histórica da PUC-Campinas com o Solar do Barão de Itapura
 
Desde o início do século XX o Brasil já contava com faculdades católicas com a criação em 1908, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
 
Na década de 1930, Dom Francisco de Campos Barreto, segundo Bispo da Diocese de Campinas, idealizou a criação de uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Nesta época, a Igreja já administrava na cidade o Colégio Diocesano Santa Maria e a Academia de Comércio São Luís.
 
Para tornar real seu projeto, Dom Barreto funda em 1941, ao lado do Cônego Emílio José Salim e do Padre Agnelo Rossi, a Sociedade Campineira de Educação e Instrução, a SCEI, que teria como missão reunir as instituições católicas campineiras de ensino.
 
A SCEI pede então autorização ao Conselho Federal de Educação para criar vários cursos como Filosofia, Geografia e História, Letras Neolatinas, Letras Clássicas, Letras Anglo-Germânicas, Matemática, Pedagogia, Ciências Políticas e Ciências Sociais, já planejando a expansão da recém-surgida faculdade campineiras.
 
Em 7 de Junho de 1941, no Solar do Barão de Itapura, nasce a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, a primeira unidade do que viria, mais tarde, a ser a Universidade.
 
As faculdades finalmente se tornaram uma Universidade Católica em 1955 e em 1972 recebem o título de Pontifícia atribuída pelo Papa Paulo VI.
 
Nos 74 anos em que o Solar abrigou as dezenas de cursos da Universidade mais de 180 mil profissionais se formaram em suas dependências.
 
Não tardou, no entanto, para que o casarão do Barão de Itapura se tornasse pequeno para agrupar todos os cursos da PUC-Campinas. Assim, os novos Campi foram surgindo de acordo com a necessidade de espaço: o Campus I, o Campus II, o Seminário e o Instituto de Letras.
 
Em 2015, após a saída do curso de Direito – o último a ser transferido para o Campus I – a PUC-Campinas planeja uma nova história para o Solar do Barão.
 
“O Solar do Barão de Itapura continuará sendo o Campus Central da Universidade e seu restauro e adequação de seu espaço físico às atividades de arte, cultura e lazer, deixarão o espaço em harmonia com as novas tendências de requalificação do centro de Campinas, impulsionando a valorização do entorno e do conjunto de imóveis inseridos ao seu redor”, reforça o Vice-Reitor da PUC-Campinas e Coordenador do Projeto de Restauro, Prof. Dr. Germano Rigacci Junior.
 
Mais informações no Portal da Universidade – https://www.puc-campinas.edu.br/restauro/
 
arquivo sem legenda ou nomeProjeção da fachada do Solar do Barão de Itapura após a conclusão do restauro  
IMAGEM: DCOM/PUC-Campinas
 
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