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Empresários e centrais sindicais criam comitê de ação permanente e se unem contra aumento de impostos11/03/2015
Encontro aconteceu na sede da Fiesp com mais de 150 participantes
 
O presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de SP, Paulo Skaf se reuniu nesta segunda-feira (9/3), na sede da Fiesp com os representantes das cinco maiores centrais sindicais.
 
No encontro que reuniu empresariais de diversos setores e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), foi aprovada a criação do Comitê de Ação Permanente contra aumento de imposto.

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Fiesp e centrais sindicais votam criação de comitê de ação permanente. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

Entre as lideranças empresariais estavam o presidente da Anfavea, Luiz Moan e o vice-presidente do IDV, Flávio Rocha,  além dos membros do Conselho Superior Estratégico da Fiesp, Henrique Meirelles e Nelson Jobim.  Pelo lado das Centrais, os presidentes da CGTB, Ubiraci Dantas, da Força Sindical, Miguel Torres, da CUT, Paulo Cayres, da CTB, Adilson Araújo, e os secretários da UGT,  Canindé Pegado e Igor Thiago, da CSB e Fábio Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo.
 
Os líderes foram unanimes contra a mudança no projeto de desoneração da folha de pagamento, a Medida Provisória 669, devolvido pelo Senado, na semana passada, ao Governo e que agora pode passar a ser um projeto de lei.
 
“A partir de agora, todos nós juntos vamos cerrar fileiras contra medidas como a da desoneração da folha de pagamento, além de medidas que alteram as regras do auxílio doença, enfatizou Skaf. “Vamos também pedir o recuo do envio das Medidas Provisórias e cada um dos representantes aqui fará o mesmo através de suas bases. Não vamos aceitar mais nenhum aumento de imposto”.
 
As MPS 664 e 665 foram enviadas pelo governo federal no fim do ano passado. As propostas já estão em vigor desde o último dia 28 de fevereiro e devem ser analisadas em breve pelo Congresso Nacional para que virem lei definitiva. Caso contrário, perderão a validade.

Skaf esclareceu que a reunião é a favor do Brasil. “Não é contra ninguém, contra governo nenhum, a favor de governo nenhum, nem ligado a partido nenhum, uma coisa totalmente apolítica e apartidária e tem foco realmente nesse momento que preocupa todo o país.”
 
Além disso foram aprovados pelo comitê três itens iniciais de combate. São eles: menos juros, menos impostos e menos gastos públicos. “Queremos ver do governo, e isso vale para todos os governos, redução de cargos comissionados, ministérios e secretarias”, afirmou o presidente da Fiesp.
 
Skaf disse ainda que a luta é por menos juros, menos impostos e menos gastos públicos. “Se precisar fazer ajuste fiscal, que faça reduzindo gastos e não criando novas receitas com aumento de impostos”, enfatiza.
 
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres disse que o encontro entre empresários e sindicalistas promove a união de ações para o bem do Brasil e não contra ninguém. “O estágio em que estamos vivendo hoje é o paciente que está na UTI e o oxigênio está acabando e ninguém está vendo chegar a reposição daquele oxigênio.”
 
“Hoje tivemos um ganho muito importante aqui, que é a união de todos os trabalhadores e de todos os empresários pelo desenvolvimento do Brasil”, concluiu o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas.
 
Mudanças nos benefícios
 
No dia 30 de dezembro a Presidente da República editou as Medidas Provisórias nº 664 e 665, que, entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença.
 
Em relação ao abono salarial, antes quem trabalhava um mês durante o ano – e recebia até dois salários mínimos – tinha direito a um salário mínimo como abono. Agora há carência de seis meses de trabalho ininterruptos e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado.
 
No caso do seguro-desemprego,  antes a carência era de seis meses de trabalho. Agora, a carência passa a ser de 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira.
 
O benefício auxílio-doença era de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do INSS. Além disso, as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS. Com a nova regra, o teto é a média das últimas 12 contribuições e as empresas arcam com o custo de 30 dias de salário antes do INSS.

Para ouvir o boletim sobre a reunião, acesse.
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