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Mais de 170 empresários participam do Seminário Gerenciando a Escassez de Água na Indústria 21/07/2014Empresários e industriais de diversos segmentos se reuniram na sede do CIESP-Campinas para debater a real situação de escassez de água na região dos Comitês PCJ e os impactos nos processos produtivos
  
arquivo sem legenda ou nomeAs Diretorias Regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP Americana, Bragança Paulista, Campinas, Jundiaí, Indaiatuba, Limeira, Piracicaba, Rio Claro e Santa Bárbara d’Oeste), juntamente com a Câmara Técnica de Uso e Conservação de Água na Indústria (CT-IND) dos Comitês PCJ, com o apoio das áreas de Meio Ambiente do CIESP, da FIESP e do CIESP-Campinas conduziram o diálogo, que aconteceu em 17 de julho na sede do CIESP-Campinas, para apresentação de Plano de Contingência desenvolvido pelo CIESP e pela FIESP.

Entre as diretrizes estão contempladas ações como: redução do consumo de água; aumento da capacidade de armazenamento; estudo de mananciais para novas captações superficiais; perfuração de poços profundos; abastecimento por caminhões-pipa; estudo de reciclagem ou reúso de água e efluentes.

Na abertura do evento tiveram a palavra o presidente em exercício do CIESP, Rafael Cervone; o diretor titular do CIESP-Campinas, José Nunes Filho; o diretor de Meio Ambiente da FIESP e do CIESP, Eduardo San Martin; a Promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente – GAEMA – Núcleo XII – PCJ-Piracicaba, Alexandra Facciolli Martins;  o Secretário Executivo dos Comitês PCJ, Luiz Roberto Moretti; e o presidente da Câmara Municipal de Campinas, Campos Filho.

Prestigiaram também o evento: o Secretário Municipal do Verde, Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes; e o vice-presidente dos Comitês PCJ e diretor Técnico da Sanasa, Marco Antônio dos Santos.

CIESP pede aos candidatos ao governo paulista o compromisso com a segurança hídrica

arquivo sem legenda ou nomeNa abertura do evento o CIESP ressaltou que quer que os candidatos ao governo do Estado façam um compromisso de que vão concretizar soluções para garantir a segurança hídrica. Segundo o presidente em exercício do CIESP, Rafael Cervone, é preciso fazer dessa crise uma oportunidade. "Vamos planejar. A indústria tem feito a sua parte. Estamos fazendo projetos de produção mais limpa. O que a gente não pode é dizer que o problema não existe. Porque é esse o problema. Como os dados não são transparentes? A gente quer discutir e não tem dados. Ou os dados são contestados", argumentou.

Cervone destacou que a região de Campinas sempre foi indutora de desenvolvimento e de tecnologia. “Estamos comprometendo o nosso futuro. Não podemos aceitar que sejamos vítimas de algo que já se sabia que iria acontecer", afirmou, informando que o Ciesp costuma receber consultas de empresas internacionais interessadas em projetos de joint ventures ou investimentos na região e que a maioria delas mostra preocupação com a (in) disponibilidade de água. "Vamos chamar todos os candidatos a governador, todos, porque queremos de todos os candidatos um compromisso de que isso não volte a ocorrer”, salientou.

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O diretor titular do CIESP-Campinas afirmou: “Não podemos acreditar em milagres. Acredito que vamos sair dessa situação muito melhor do que entramos, nossa região se tornará um case de sucesso mundial em conservação de água. A crise nos ensinou que  precisamos utilizar este recurso com parcimônia e respeito, a água tem que ser preservada de todas as formas, e hoje buscamos, justamente, todas estas formas de preservação”, explicitou.
 


Pesquisa aborda as consequências para indústria paulista no caso de um racionamento de água

Durante o Seminário foi realizada uma coletiva de imprensa, na qual foi apresentada pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), que consultou 413 indústrias do Estado de São Paulo e revelou que 75% das grandes empresas entrevistadas são as mais preocupadas com um eventual racionamento. Das empresas que participaram da pesquisa, 54,5% não possuem uma fonte alternativa de água, enquanto que 21,8% possuem e são capazes de manter a produção durante as interrupções e 20,8% não dependem do sistema de abastecimento de água.

“A crise vem se agravando, as providências têm que ser tomadas com urgência, porém não vamos conseguir resolver de uma hora para outra um planejamento com ações que deveriam ter sido realizadas há dez anos. As indústrias que não conseguirem captar água das Bacias PCJ precisarão ter uma autorização para suprir esta diferença a partir de outras fontes, nós vamos lutar para que isto seja garantido a essas indústrias”, posicionou o diretor titular do CIESP-Campinas, José Nunes Filho.

arquivo sem legenda ou nomeNos próximos meses o CIESP-Campinas irá elaborar um documento para ser encaminhado aos gestores do Sistema Cantareira, por meio do qual será solicitada a garantia de vazão mínima nos rios das Bacias PCJ.

“Buscamos o reconhecimento do problema da escassez de água, que é gravíssimo, toda sociedade está preocupada e mobilizada. Por isso, solicitaremos dos candidatos ao governo do Estado o compromisso da garantia de uma vazão mínima para a nossa região”, fundamentou Nunes.

A crise hídrica no Estado de São Paulo gera um horizonte de incerteza para a atividade industrial, afirmou Eduardo San Martin, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. “Nós não sabemos o que vai acontecer. Dependemos de algo que não está a nosso alcance [a possibilidade de chuvas].” “A indústria está sendo punida”, reforçou o diretor.

Embora as empresas, por questões estratégicas de mercado, não divulguem seus números, segundo San Martin é possível perceber sinais concretos de como a escassez de água tem afetado a atividade industrial na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que reúne pelo menos 50 municípios paulistas e quatro de Minas Gerais.

arquivo sem legenda ou nomeO Secretário Executivo dos Comitês PCJ, Luiz Roberto Moretti, reforçou a ocasião como sendo uma grata oportunidade para mobilização dos diversos setores da sociedade. “Este evento está contemplado em nosso calendário de atividades, como sendo uma das ações da Operação Estiagem PCJ – 2014, uma vez que dentre as atribuições de nossos Grupos de Trabalho acreditamos ser prioritário o debate com todos os usuários, para atuações de enfrentamento, com posicionamento crítico e de acordo com necessidades pontuais.”



Ministério Público institui grupos de trabalho para estudar a crise hídrica

De acordo com a promotora de Justiça Alexandra Facciolli Martins, do GAEMA (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) – Núcleo XII – PCJ Piracicaba, a crise hídrica tem como lado positivo para a cidade de Campinas e todos os municípios abastecidos pelas Bacias PCJ: o despertar para a necessidade de revisão dos termos do acordo do Sistema Cantareira.

Segundo ela, após a implantação do Sistema, sempre se tratou como direito adquirido a retirada de água para atendimento da região metropolitana de São Paulo. “Essas bases de negociação necessariamente têm que ser revistas”, defendeu.
 
Na sexta-feira (11/07), uma resolução conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo, de nº 910, prorrogou até 31 de outubro de 2015 o prazo de vigência da atual outorga à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), detentora desde 2004 do direito pelo uso das águas dos reservatórios que compõem o Sistema Cantareira.
 
arquivo sem legenda ou nome“Este é o prazo (15/10/15) que nós temos para nos articular, desenvolver estudos para ter uma segurança hídrica maior para a região da bacia do PCJ. Sem isso, fatalmente nós teremos afetado todo o desenvolvimento das atividades industriais e imobiliárias˜, ressaltou Alexandra, integrante do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA)– Núcleo XII – PCJ Piracicaba.
 
Facciolli disse que não se pode esperar pelo imprevisível – a ocorrência de chuvas. “Nós discordamos frontalmente quando ouvimos afirmações por parte dos órgãos gestores no sentido de que vai chover a partir de setembro, de que têm garantias de abastecimento até março de 2015. Quando na verdade nós questionamos quais são as ações, o que vai ocorrer após novembro de 2014, temos respostas muito evasivas.”
 
Segundo ela, o Ministério Público instituiu diversos grupos de trabalho para estudar a crise hídrica e instaurou inquéritos civis para apurar pontos como reúso de água, desperdício e melhoria da qualidade de tratamento de esgoto.
 
“Não [podemos] esperar que isso [a solução] venha de um Poder Judiciário, mas que seja realizado, concretizado por quem tem obrigação e dever legal de fazê-lo”, citando os órgãos gestores, o governo do Estado e o governo federal. “Estamos em uma bacia em que muitos dos rios são de domínio da União e com interferência direta em outros Estados, principalmente Minas Gerais e Rio de Janeiro”, explicou.
 
Exposições

arquivo sem legenda ou nomeEm palestra “A escassez de chuvas e a fragilidade do abastecimento na macrometrópole paulista, o Profº. Dr. Antônio Carlos Zuffo (FEC-Unicamp), declarou que esta é a crise hídrica mais grave já enfrentada, fator que se deve, principalmente, a falta de planejamento, o que ocasionou uma gestão de risco. “A partir de ações de racionamento, e do planejamento para atender às necessidades imediatas e futuras poderemos suplantar esta demanda e ainda reduzir os custos em longo prazo.” “É urgente o investimento em tecnologia aplicada ao replanejamento produtivo, para isso precisamos estabelecer um gerenciamento participativo”, esclareceu.

O 1º vice-diretor do CIESP-Americana e coordenador interino da Câmara Técnica da Indústria nos Comitês PCJ, Eng. Leandro Zanini Santos, ressaltou a importância de se trazer os industriais as alternativas viáveis para redução no consumo e reutilização deste arquivo sem legenda ou nomeefluente.

“Esta não é uma questão passageira, teremos consequências previstas para as próximas três décadas. Assim é valioso termos a dimensão da perenidade da crise e assim difundirmos as melhores práticas a partir da geração de comitês nas indústrias, que devem trabalhar planos de contingência direcionados”, relatou Zanini.

Cases de Sucesso de empresas da região foram apresentados aos empresários e industriais presentes, os quais puderam também questionar pontos específicos e participar de um rico debate para criação de plano de contingência voltada as especificidades locais.
 
Acesse abaixo algumas das apresentações:

“A escassez de chuvas e a fragilidade do abastecimento na macrometrópole paulista” - Expositor: Profº. Dr. Antônio Carlos Zuffo (FEC-Unicamp)

“Gerenciando a escassez de água na indústria” - Expositor: Eng. Leandro Zanini Santos (1º vice-diretor do CIESP-Americana e coordenador interino da Câmara Técnica da Indústria nos Comitês PCJ).

Case de Sucesso - Rhodia – Expositor: Engenheiro Diego Alves

Case de Sucesso – Sanasa-Campinas – Expositor: presidente Arly de Lara Rômeo

Enriqueceram ainda o debate os cases: Grupo Ypê – Expositora: Gerente de Meio Ambiente, Chintia De Vecchi Hax; Petrobras – Expositor: engenheiro Jorge Mercanti; DAE (Departamento de Águas e Esgotos) de Valinhos – Expositor: presidente Luiz Mayr Neto.
Álbum de Fotos:
Seminário Gerenciando a Escassez de Água na Indústria (Fotos: Zambardi/Fotografe)


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